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Linha de luz Sapucaia, dedicada à técnica de Espalhamento de Raios X a Baixos Ângulos

Atualizações do Sirius | 29 de Julho de 2024
Linha de luz Sapucaia recebe seu primeiro feixe de raios X gerado pelo Sirius

Estação de pesquisa dedicada à técnica de Espalhamento de Raios-X a Baixos Ângulos passa para a etapa de comissionamento técnico e científico

O detector da estação experimental Sapucaia recebeu recentemente seu primeiro feixe de raios X gerado pelos aceleradores de elétrons do Sirius. Dedicada à técnica de Espalhamento de Raios X a Baixos Ângulos (SAXS), a linha de luz será uma importante ferramenta para o estudo de propriedades morfológicas e dinâmicas de objetos nano e microestruturados.

O acontecimento é um grande marco para o Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) e para o Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), que voltará a atender a comunidade científica com uma técnica com aplicações em campos de pesquisa diversos, como física, química, biologia e engenharia.

Equipe presente durante aquisição da primeira imagem da linha de luz Sapucaia. Da esquerda para direita: Leandro Barbosa, coordenador da linha; Antônio Gasperini, pesquisador da linha; Luiz Fernando de Camargo, aluno de doutorado; Luciano Candido, especialista em instrumentação científica.

“O Espalhamento de Raios X em Baixos Ângulos (SAXS) é muito utilizada por pesquisadores brasileiros. A linha dedicada à essa técnica no UVX, nosso antigo acelerador, era uma das mais procuradas pelos usuários. E estamos ansiosos para voltar a atender essa comunidade aqui no Sirius.”, ressalta Leandro Barbosa, coordenador da linha de luz Sapucaia.

Saiba mais sobre a linha de luz Sapucaia aqui 

Início do processo de comissionamento da linha Sapucaia

A linha de luz Sapucaia agora passa para as próximas etapas no seu processo de comissionamento técnico e científico, quando a equipe começa a testar diferentes amostras e convida alguns usuários externos para realizarem medidas.

Como destaca Mateus Borba Cardoso, chefe da Divisão de Matéria Mole e Biológica do LNLS, “Começamos agora a refinar os componentes e os experimentos que serão rotineiramente realizados pelos usuários. Isso não significa que a Sapucaia está pronta para receber pesquisadores, mas nos coloca em condições de fazer testes mais relevantes e realistas em termos experimentais. Dessa forma, seguimos agora com o comissionamento técnico, mas já temos condições de, muito lentamente, começar a simular condições experimentais de usuários.”

Primeira imagem coletada na linha de luz Sapucaia. Amostra de behenato de prata.

A primeira imagem coletada na linha Sapucaia foi de uma amostra de behenato de prata, um composto químico muito utilizado por quem trabalha com esse tipo de técnica. Essa é uma amostra padrão, que difrata em posições muito bem definidas, o que ajuda a definir com mais precisão a distância entre a amostra e o detector, o que é fundamental para a técnica.

Como comenta Leandro, “A técnica de SAXS permite que vejamos coisas muito pequenas. E o que conseguimos neste momento foi ter um feixe de raios X atravessando uma amostra e chegando no detector. O passo seguinte é pegar essa imagem do detector, trabalhar com ela e chegar em uma curva de espalhamento. E a partir dessa curva, nós podemos determinar o tamanho, forma e dimensão do sistema estudado.”

Sobre o LNLS

O Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS) atua na pesquisa científica e no desenvolvimento tecnológico envolvendo a luz síncrotron, com foco na operação e exploração do potencial multidisciplinar do Sirius, a mais avançada infraestrutura científica do País. Com dez estações de pesquisa já operacionais e abertas à comunidade científica e industrial, Sirius permite que milhares de pesquisadores de diversas áreas testem hipóteses sobre os mecanismos microscópicos que resultam nas propriedades dos materiais, naturais ou sintéticos, usados em diferentes campos, tais como saúde, meio ambiente, energia e agricultura. O LNLS faz parte do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas (SP), uma Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

Sobre o CNPEM

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) compõe um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. Responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).

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