A oportunidade está vinculada a um projeto Jovem Pesquisador FAPESP n° 2019/14017-9. As candidaturas poderão ser submetidas entre os dias 13/11/2024 e 20/12/2024 – veja detalhes adiante.

O projeto será desenvolvido na área de microscopia avançada de infravermelho síncrotron, previsto para operar na estação IMBUIA-micro do Sirius, o acelerador de partículas brasileiro. O projeto envolve desenvolvimentos em:

• microscopia óptica e de fluorescência;
• estágios de movimentação para varredura fina da amostra;
• estudos de rigidez e estabilidade estática;
• óptica de infravermelho;
• ambientes de amostras líquidas;
• sobreposição óptica de variadas fontes de luz (laser, síncrotron e fonte térmica), espectrômetro do tipo Michelson ou lamelar para coleta rápida (e.g. viagens de alguns mm em ~10 ms);
• sistemas de aquisição de dados par medidas em flyscan e random scan software de processamento de dados de FTIR + fluorescência no visível.

Será admitido como bolsista o profissional que demonstrar capacidades em elaboração e integração de modelos analíticos e numéricos, realização de pesquisa bibliográfica e acompanhamento de projetos no contexto de sistemas transdisciplinares para instrumentação científica, integrando competências de óptica, instrumentação mecatrônica e processamento de dados reconstruídos.

O candidato aprovado trabalhará em constante integração com outros grupos do Sirius, atuando inclusive nos requisitos de projeto no contexto das linhas do Orion.

Requisitos para a bolsa FAPESP TT5

Candidatos interessados em pleitear a bolsa devem possuir doutorado completo ou ao menos cinco anos de experiência profissional ou acadêmica após graduação. Podem se inscrever pesquisadores com graduação em engenharia física, matemática ou física aplicada, ciências da computação, engenharia mecatrônica, engenharia aeroespacial e áreas correlatas.

Os candidatos devem igualmente atender as exigências FAPESP descritas no link Capacitação Técnica (fapesp.br), incluindo a ausência de reprovações no histórico escolar de graduação. A pessoa aprovada também deverá dispor de 40 horas semanais para se dedicar ao projeto.

É desejável que os candidatos possuam conhecimentos básicos ou capacidade de se envolver com modelagem mecânica e analítica de elementos ópticos/optomecânicos e afinidade com modelagem multifísica. Desejável conhecimento em gerenciadores de repositório e controle de versão.

Diferenciais esperados

Serão considerados diferenciais conhecimento em ferramentas de modelagem e simulação óptica, como Zemax/Shadow/Aasys/srw, além de conceitos de engenharia de precisão e metrologia. Experiência ou afinidade com linguagens de programação e pacotes científicos como Python, C, R, Julia, Matlab ou similares, bem como pacotes de otimização relacionados também serão diferenciais que facilitarão comunicação entre grupos parceiros.

Por fim, experiências prévias em montagem ou operação de setups ópticos para análise de materiais serão importantes para o desenvolvimento das atividades.

Valor da bolsa: R$ 9.320,00 conforme definido pela FAPESP (https://fapesp.br/16881/tabela-de-valores-de-bolsas-no-pais-a-partir-de-01082024).

Vigência da bolsa: duração de 12 meses a partir 3 fevereiro de 2025, com possibilidade de renovação por igual período

Como se candidatar

Interessados enviar currículo (formato Lattes), histórico da graduação completo e carta de interesse, todos em formato PDF, para o e-mail raul.freitas@lnls.br. As inscrições deverão ser submetidas até o dia 20 de dezembro de 2024.

Sobre o CNPEM

O Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) abriga um ambiente científico de fronteira, multiusuário e multidisciplinar, com ações em diferentes frentes do Sistema Nacional de CT&I. Organização Social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o CNPEM é impulsionado por pesquisas que impactam as áreas de saúde, energia, materiais renováveis e sustentabilidade. Responsável pelo Sirius, maior equipamento científico já construído no País, O CNPEM hoje desenvolve o projeto Orion, complexo laboratorial para pesquisas avançadas em patógenos. Equipes altamente especializadas em ciência e engenharia, infraestruturas sofisticadas abertas à comunidade científica, linhas estratégicas de investigação, projetos inovadores com o setor produtivo e formação de pesquisadores e estudantes compõem os pilares da atuação deste centro único no País, capaz de atuar como ponte entre conhecimento e inovação. O CNPEM é responsável pela operação dos Laboratórios Nacionais de Luz Síncrotron (LNLS), Biociências (LNBio), Nanotecnologia (LNNano) e Biorrenováveis (LNBR), e também pela Ilum Escola de Ciência, curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia, com apoio do Ministério da Educação (MEC).