Todas as oportunidades científicas na ciência com luz síncrotron começam pelas características do feixe de elétrons que a geram: desde aquelas idealizadas no projeto dos aceleradores, até as atingidas na prática, com um constante aprimoramento do comissionamento da máquina e trazendo sempre melhorias na operação para usuários. Mesmo na busca em atingir os parâmetros de operação, delineados no projeto dos aceleradores, muitas fronteiras do conhecimento produzido em fontes de luz síncrotron podem substancialmente ampliadas aproveitando oportunidades de integração entre os aceleradores e os experimentos das linhas de luz. Tais oportunidades são produtos da pesquisa em física de aceleradores e suas inovações, desde novos modos de preenchimento de pacotes no feixe, que podem oferecer aos experimentos novas estruturas temporais da fonte de radiação, até estratégias de estabilidade dinâmica e varredura do feixe de elétrons em modos de imagem, que permitem maior flexibilidade nos modos mapeamento de amostras.

As equipes da Divisão de Aceleradores são responsáveis pelo design da rede magnética do Sirius e, junto com os grupos da Divisão de Engenharia e Tecnologia do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), também são responsáveis pela construção e comissionamento dos aceleradores de elétrons. Essas equipes também se encarregam do dia a dia da operação deste complexo sistema de aceleradores, garantindo que a luz síncrotron chegue aos experimentos dos pesquisadores com a qualidade e confiabilidade necessárias para os experimentos de fronteira da nova fonte de luz síncrotron brasileira.