Glauco Ferro Leal, estudante de doutorado que realiza suas pesquisas no LNLS sob a supervisão da Dr. Cristiane B. Rodella e do Prof. Dr. Antonio Aprigio da Silva Curvelo, recebeu o Prêmio Professor Arikerne Sucupira no V Encontro da Escola Brasileira de Química Verde dado pelo Comitê Gestor do prêmio ao melhor trabalho apresentado em formato de pôster por um aluno de pós-graduação durante o encontro.

O trabalho premiado trata da investigação do uso da catálise heterogênea para a obtenção de etileno glicol a partir da biomassa mais abundante na Terra: a celulose. O etileno glicol é amplamente usado na indústria química para a produção de fibras sintéticas e garrafas PET, sendo normalmente obtido a partir do petróleo. Neste estudo, explorou-se com sucesso o uso de catalisadores de baixo custo, à base de carbeto de tungstênio e promovidos com paládio, em reações de hidrogenólise da celulose, tendo como produto o etileno glicol. A pesquisa foi apresentada com o título: Valorização da biomassa através da catálise heterogênea: produção de etileno glicol via hidrogenólise de celulose usando catalisador Pd-WxC/C.

O V Encontro da Escola Brasileira de Química Verde foi promovido pelo Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE) e pela Escola de Quimica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e aconteceu nos dias 19 e 20 de outubro de 2015 no campus do CNPEM.

Glauco Ferro Leal

Glauco Ferro Leal é estudante de doutorado do Instituto de Química de São Carlos (IQSC), da Universidade de São Paulo (USP), com orientação do Prof. Dr. Antonio Aprigio da Silva Curvelo. No LNLS, o projeto de pesquisa é desenvolvido sob orientação da Dra. Cristiane Barbieri Rodella, que também o co-orientou durante o mestrado. Seu projeto de pesquisa de doutorado conta com colaboração do CTBE e trata do desenvolvimento de catalisadores heterogêneos para produção, a partir de fontes renováveis, de produtos químicos tradicionalmente obtidos do petróleo.

Prêmio Arikerne Sucupira

O Prêmio Arikerne Sucupira tem como objetivo incentivar alunos a desenvolver atividades de ensino, pesquisa e inovação em Química Verde, área da química que busca o desenvolvimento de produtos e processos químicos que reduzam ou eliminem a geração de substâncias prejudiciais à saúde e ao meio-ambiente.