Fonte de luz síncrotron de quarta geração deve ser aberta para pesquisadores no ano que vem
No dia 16 de outubro foi concluída mais uma importante etapa deste que é o maior e mais complexo projeto da ciência brasileira. A equipe responsável pela instalação do Sirius alcançou a energia de operação de 3 GeV (Giga-elétronvolts) no segundo dos três aceleradores de elétrons que compõem a nova fonte.
O segundo acelerador é responsável por dar aos elétrons a energia necessária para que sejam transferidos ao acelerador principal, chamado de Anel de Armazenamento. Esse último acelerador já está montado, e o próximo desafio desta etapa é fazer com que os primeiros elétrons deem uma volta completa ao longo do anel.
É a partir do acelerador principal que é emitida a luz síncrotron. Esse tipo especial de luz, de altíssimo brilho, é capaz de revelar detalhes dos mais variados materiais orgânicos e inorgânicos, como proteínas, vírus, rochas, plantas, solo, ligas metálicas, dentre muitos outros. Dessa forma, também estão em fase final de montagem a estrutura das primeiras estações de trabalho, onde os pesquisadores devem realizar, a partir do ano que vem, experimentos com uso de luz síncrotron.
A nova fonte está sendo instalada no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), em Campinas, SP. Cerca de 85% dos recursos empenhados pelo Ministério de Ciência Tecnologia Inovações e Comunicações (MCTIC) foram investidos no País, em parceria com empresas nacionais. Além da construção civil, foram estabelecidos contratos com mais de 300 empresas de pequeno, médio e grande portes, das quais mais de 40 desenvolvem soluções tecnológicas para o Sirius, junto aos pesquisadores e engenheiros do CNPEM.
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